sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ano novo, vida nova...

Ano novo vida nova… de facto pode considerar-se um novo começo de ano com uma “vida nova”, uma vez que a maioria dos antigos funcionários foram despedidos, aliás dispensados, das suas anteriores funções. É-lhes então dada a oportunidade de irem procurar um novo trabalho ou sugerido irem trabalhar para outro departamento da PT (16200, 16206 etc.) sem que lhes seja passada qualquer tipo de recomendação.

Muitos serão os novos funcionários que irão começar a trabalhar, esperançosos de terem arranjado um trabalho digno e merecedor do seu tempo. Falsas promessas e diálogos extremamente convincentes (se te esforçares vais vender!) serão as “entradas típicas” de supervisores e formadores que tentam passar uma imagem irreal e utópica da realidade do centro. Não vão certamente falar das bases de dados totalmente desadequadas – “os idosos são o nosso público-alvo porque por norma não nos contactam, temos que ser nós a ligar-lhes e convencê-los a instalarem internet, televisão etc., os novos vão às lojas ou ligam-nos”. Não vão falar das vendas que serão anuladas por não haver viabilidade técnica ou pelo facto do cliente ter dívidas pendentes com a PT… mas para quê estar a referir isto tudo quando vão poder descobrir por vocês.

Que tipo de trabalho possui apenas funcionários com uns tantos meses de trabalho? Simples, um trabalho precário no qual não se investe na formação dos funcionários nem na sua permanência com a empresa. O tipo de trabalho que recompensa quem tem uma aptidão natural (ou sorte), neste caso para vendas, e quem não tem é apenas uma questão de tempo até ir para a rua, que é como quem diz ser “dispensado”. Não se investe numa correcta formação dos funcionários, sai mais barato recrutar novos que reciclar os mais antigos…

Nós estaremos aqui, sempre, e tal como a PT temos olhos e ouvidos em todo o lado, queremos e exigimos melhores condições de trabalho e mais respeito pelos funcionários porque acima de tudo são pessoas, muitas delas desesperadas por terem cursos universitários e não conseguirem trabalho na área. A PT aproveita-se disso, mas esperamos que o mesmo não o façam supervisores, formadores e chefes de centro… Grandes modificações não precisam somente vir de “cima”.

Entristece-nos ver que muitos supervisores olham para este boletim como se nós fossemos inimigos ou uma novela que serve para ler e passar o tempo! Criticam os nossos erros ortográficos, que reflectem o pouco tempo que temos para rever os textos, sem encontrar nenhuma crítica ao conteúdo, que é o que verdadeiramente importa.

Muito se pode fazer com pouco, havendo coragem e determinação, existem alternativas! No boletim anterior mostrámos isso mesmo, um modelo de incentivo às vendas bastante diferente e melhor que o actual, um modelo que vigora em vários países europeus! A nossa pesquisa, ao contrário do que nos acusam, foi feita com base em dados reais. Tentamos arranjar alternativas para que o nosso boletim não seja feito apenas de críticas ao que funciona mal, mas tenha propostas para resolver os problemas dos trabalhadores, sejam eles comunicadores ou supervisores.

Procuramos com este boletim unir os trabalhadores da PT para juntos conquistarmos melhores condições de trabalho. Estamos abertos às críticas desde que construtivas e contribuam para a solução dos problemas que nos afectam a todos.

Juntem-se a nós!

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